25/06/2020 - Gestores públicos e iniciativa privada fazem projeções positivas para o novo normal na habitação

 

Em live, construtora anuncia 2021 investimentos da ordem de R$ 280 milhões em Uberaba

 


Realizado na tarde desta quarta-feira (24) o primeiro encontro técnico direcionado para as Prefeituras de toda a região, através de live e que reuniu cerca de 40 participantes, entre prefeitos, gestores e técnicos, com o tema “Linhas de crédito da habitação e quais os rumos pós-pandemia”.

 

A discussão foi mediada pelo secretário Executivo da Amvale (Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Grande), José Luiz de Paula Neto que, ao justificar a realização da iniciativa, enfatizou que “é na crise que são criadas as oportunidades para o futuro”.

 

O programa prevê novas lives a cada 15 dias. Reúne a Prefeitura de Uberaba, por meio da Companhia Habitacional do Vale do Rio Grande (Cohagra), em parceria com a Agência Regional de Desenvolvimento Econômico do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e a Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Grande (Amvale).

 

A primeira programação contou com a participação do superintendente de Rede do Triângulo Mineiro da CEF (Caixa Econômica Federal), Antônio Minuk; do superintendente Executivo de Habitação, Marcos Edmundo França; gerente da unidade Gilmar Passos; gestor Comercial da MRV, Fred Marques, e do presidente da Cohagra, Ernani Neri.

 

Coube ao prefeito de Uberaba e presidente da Amvale, Paulo Piau, abrir, oficialmente, a programação. “A vida de um município é contínua, independente de eleição”, disse ele, ao destacar a importância do debate e a proximidade da realização do pleito municipal previsto para novembro próximo. “A política habitacional é permanente e independe de partido ou grupo político”, ressaltou. Paulo Piau citou que, até o momento, nas suas duas gestões, foram viabilizadas cerca de 11 mil novas unidades habitacionais para a Cidade. “A CEF é uma instituição fundamental na execução da nossa política habitacional”, diz.

 

Regionalização. O presidente da Cohagra, Ernani Nery, destacou o significado da parceria dos órgãos na viabilização do encontro virtual. “Por recomendação do prefeito Paulo Piau, nossa companhia está pronta para apoiar os demais municípios da região, na execução de suas ações na área da habitação”, observou.

 

Grandes investimentos. O gestor Comercial da MRV, Fred Marques, também agradeceu aos parceiros pela oportunidade do debate, em especial, ao prefeito Paulo Piau pelas ações em conjunto desenvolvidas pela empresa e a Prefeitura de Uberaba. A MRV, segundo ele, mantém cerca de 1 mil empregos diretos e outros quase 15 mil indiretos, em Uberaba. “O setor da construção civil vai sair desse momento de pandemia ainda mais forte”, afirmou.

 

Em seguida, o gestor citou que a MRV já entregou cerca de 10 mil chaves a clientes uberabenses. Fred Marques antecipou que a empresa já tem definidos investimentos na cidade, no valor total da ordem de R$ 280 milhões para o ano de 2021, inclusive está com áreas adquiridas e projetos contratados.

 

Irrigando a economia. O superintendente da CEF, Antônio Minuk, seguiu na mesma linha do representante da construtora ao realçar dados e números expressivos resultantes da forte presença da instituição financeira federal na região e que abrange 69 municípios. A regional da CEF está encarregada do repasse de R$ 1 bilhão 100 milhões do Auxílio Emergencial do Governo Federal as 610 mil pessoas do Triângulo/Alto Paranaíba beneficiadas, ou seja, 25% da população total estimada que é de 2,4 milhões de habitantes.

 

Quanto ao Fundo de Garantia (FGTS), a Superintendência vai liberar, no período de abril a setembro, recursos da ordem de R$ 428 milhões a 680 mil optantes, com parcelas fixadas em até R$ 1 mil 045. Na área habitacional, de acordo com Antônio Minuk, para este semestre, foram destinados R$ 1 bilhão 100 milhões para a unidade. Desse volume, R$ 939 milhões já foram investidos até a última segunda-feira (22).

 

A CEF/Superintendência Triângulo registra R$ 13 bilhões de investimentos na área da habitação, via formalização de 170 mil contratos ativos.

 

Linhas disponíveis. O superintendente Executivo de Habitação/CEF, Marcos Edmundo França, afirmou que “os novos rumos do setor vão depender das ações atuais”, ao reforçar que o segmento é um dos que mais geram emprego e renda imediatos. Detalhou as duas linhas de crédito específicas para atender a construção de moradias com recursos oriundos da poupança e do Fundo de Garantia. A primeira, tem como novidade, aplicação da taxa juros mais correção pelo IPCA, que “cabe no bolso” do mutuário, numa projeção da primeira à última parcela do financiamento. A segunda modalidade destina-se ao “Minha Casa. Minha Vida” para o qual, segundo ele, a CEF ainda dispõe de recursos para investimentos ainda para este ano.

 

Consignado e transferências. O gerente da CEF/Triângulo, Gilmar Passos, por sua vez, anunciou as novas condições oferecidas pelo crédito consignado, com destaque para a carência, em até seis meses, para novos empréstimos e renovações de contratos. E, numa outra ponta, detalhou sobre a possibilidade da CEF realizar serviços de consultoria aos municípios, em trabalho de acompanhamento da execução de projetos com recursos do governo federal, originados da rubrica “Transferências Especiais”, em que a instituição pode atuar desde o início da obra até o fechamento do convênio e respectivo envio da documentação ao ministério concedente.

 

Nesse caso há custo às prefeituras. Por fim, o diretor executivo da Agência Regional de Desenvolvimento Econômico, Glauber Faquineli, apresentou sugestão- bem recebida pela equipe da CEF/Triângulo - para que sejam formatados programas habitacionais voltados para os pequenos municípios, ao exemplificar casos de demandas de 20 unidades de moradia. Emendou sugerindo a adoção de mecanismos que beneficiem comunidades rurais.

 

Jorn. Lúcio Castellano

Assessor de Imprensa Amvale

 

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